Eu sei de que lado eu estou. Desde o começo.
Tô do lado da justiça, do lado da verdade, do lado do melhor pro meu país e da dignidade de milhões de brasileiros como eu (que nasci aqui, vivo aqui, não troco aqui por nada, nunca tive mamata, nunca tive nada de graça, nunca vendi minha dignidade por moeda alguma).
Sempre soube que nosso país só cresce se TODOS tiverem a oportunidade de crescerem juntos.
Sempre soube que o mais guloso deixa alguém com fome na mesa.
Nunca fui com a cara de gente metida a besta. Nunca respeitei o despeito.
É da minha natureza não engolir sapo, mentira e injustiça.
É da minha história de vida, desagradar a quem pisa na cabeça dos outros por um bocadinho de humilhação.
Essa é a Malu que quem se acha melhor que os outros, jamais curtiu.
Essa é a Malu que não se cansa de botar pingo nos is pra quem ainda insiste em ser analfabeto de espírito.
Me 'xingam' de petista, feminista... obrigada, muito obrigada!
Eu sou eu. Eu sou a dona Maria, sou seu Manoel, sou a tia da banca, sou o garoto com problemas de aprendizado, sou o moleque na rua, a caixa de supermercado que segura o xixi, sou a senhora idosa a quem o tempo não dá mais paciência, sou o garoto que se descobriu gay aos 9 anos de idade, a criancinha indígena de franjinha sem terra e faminta, sou o garoto injustiçado pela pele negra linda que a nascença lhe deu e sou a mãe que alimenta seus filhos, a mulher da roça que hoje compra chinelo, a menina do sertão com diploma de médica. Sou os milhões de brasileiros vencedores do século XXI que carregam um pouquinho da vitória que não foi minha enquanto jovem. E sou os que precisam vencer. Sou os sonhos dos outros que eu ainda carrego morro acima, sem reclamar de dor nas costas.
Eu sou a gente de verdade que não serve pra propaganda de refrigerante.
O resto é boi.
Tenho dó dos bois
Malu Aires.
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