quarta-feira, 5 de abril de 2017

Eu amo...



Eu amo ser ridiculamente impulsiva. Eu amo enviar mensagens descompromissadas (porque quão descompromissada qualquer forma de comunicação digital pode realmente ser?) e dizer para as pessoas que eu as amo e dizer que elas são seres humanos absolutamente encantadores e que eu não consigo nem acreditar que elas existem mesmo. Eu amo falar “me beija mais forte” e “você é uma pessoa muito boa” e “você ilumina meu dia”.
Eu tento viver a minha vida da maneira mais impulsiva possível.
E eu sei como é – todos nós queremos ser misteriosos. Nenhum de nós quer se machucar. Ninguém quer parecer desesperado. E então a gente espera pra responder às mensagens, ligações, e-mails... Então comunicamos nossas emoções da forma que terminamos as nossas mensagens de texto. Dizemos meias-verdades vagas e esperamos que as pessoas leiam nossas mentes.
E se a última coisa que você respondeu para aquela menina foi “não sei, tanto faz, qualquer dia”, quando ela perguntou quando vocês poderiam se ver, embora você na verdade quisesse muito vê-la naquele mesmo instante?
E se você estivesse encantada de desejo por uma pessoa maravilhosa da sua aula de literatura mas você preferiu esperar 15 segundos pra responder àquela mensagem, e acabou de fato não respondendo nunca?
Talvez seja esquisito. Talvez seja assustador. Talvez pareça impossível apenas deixar que as pessoas saibam que você as quer, que você precisa delas, que você sente vontade nesse exato momento, que você vai morrer se não as ver, segurar, tocar de alguma maneira, seja com seus pés em suas coxas no sofá ou sua língua nas suas bocas, ou seu coração nas suas mãos.
Mas não há nada mais bonito do que estar desesperada.
E não há nada mais arriscado do que fingir que não liga.
Nós somos jovens e humanos e nós não estamos tão no controle quanto a gente acha que está.
Por Luana, obg super me representa. 


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