quinta-feira, 24 de novembro de 2016

A METODOLOGIA DE TEMER PARA ACABAR COM O DESEMPREGO (Todo estelionatário é bom de conversa)





Um dos motes dos golpistas sem vergonha, para derrubar uma presidente que lhes contrariava os interesses, ao aumentar o poder aquisitivo do populacho, sobrando menos para os bundas cheirosas da classe dominante, foi o índice de desemprego, como se esse fosse um fenômeno nacional e não mundial (foi com este mesmo mote, o do desemprego, que Trump se elegeu e que a Inglaterra saiu da União Europeia, mas a coxada jura que é só aqui, orientada pela mídia).
Vejamos então o que estão fazendo, para aumentar o número de empregados:
1) Criando o PDV (Plano de Demissão Voluntária) no Banco do Brasil, desempregando 18 000 coxinhas;
2) Criando o PDV na Caixa Econômica, desempregando outros tantos;
3) Criando PDV nos Correios, desempregando outros tantos;
4) Abrindo o PreSal. Com isso toda a indústria, principalmente a metalúrgica (estaleiros e de peças) minguará, já que as multinacionais comprarão e farão a manutenção dos seus navios petroleiros no exterior, desempregando;
5) Congelando os investimentos públicos por 20 anos, não haverá obras de infrestrutura ou serão poucas, desacelerando a indústria civil (fábricas de cimento, olarias – telhas e tijolos...), desempregando não só nos canteiros de obras como nas indústrias e comércio fornecedores;
6) Como os salários serão reajustados abaixo da inflação, haverá cada vez menor volume de moeda circulante, provocando a retração do mercado, desempregando no comércio varejista. Desacelerado o mercado varejista, menos compras no mercado atacadista, desempregando. Menos compras no mercado atacadista, menos encomendas nas indústrias, desempregando;
7) Desvinculando aposentados e pensionistas do salário mínimo, com eles ganhando uma fração cada vez menor do salário mínimo, uma boa parcela de consumidores será alijada do mercado e aí... Volte ao item anterior(6)
8) Supondo-se que não seja boato o fim do décimo terceiro salário, lá se vão os empregos temporários de fim de ano e, sem um extra de caixa, o pequeno empresariado ficará sem ter como pagar os tributos, que vencem no fim do exercício(ano) e sem capital de giro, para encarar a barra entre o natal e o carnaval, quando o mercado pára;
9) Supondo-se que não seja boato o fim da estabilidade do servidor público, mais desempregados, mais retração de mercado;
10) Fim ou redução drástica dos programas sociais que, direta ou indiretamente, injetam dinheiro no mercado, mais retração, mais recessão, mais desempregados
A quem esse criminosos querem enganar?
No momento em que todos os países neoliberais, a começar pelos europeus, partem para fortalecimento do mercado via investimento em obras públicas, o Brasil dá marcha a ré; no momento em que o povo norte-americano elege alguém que fortalecerá o mercado interno, o Brasil trilha caminho contrário; no momento em que até o cafetão FMI publica aconselhando aos seus sócios a trabalharem com déficit, para aquecer o mercado interno, o Brasil busca superávit a custa da fome do seu povo.
Aonde esses criminosos pretendem chegar?
Com uma agricultura de exportação fortemente subsidiada continuaremos acumulando superávits no setor agrícola, complementado pela venda de commodities minerais (ferro, alumínio, nióbio...), royalties do petróleo não surrupiado e superávit nas contas públicas, com tudo canalizado para o mercado financeiro, em meio a muita corrupção e sonegação.
Com baixos salários e o parque industrial nacional reduzido ou extinto, pasto para as multinacionais produtoras de produtos finais de exportação se instalarem aqui.
Tivéssemos um sistema educacional inclusivo, onde todos os brasileiros tivessem estudado, e em bom nível, tendo desenvolvido o senso crítico-analítico e não estariam fazendo isso.
Mas com uma massa ignara, teleguiada pela mídia neoliberal, só se darão conta quando a miséria chegar, daqui a alguns poucos anos.
Nesse dia é provável que ainda haja um fdp para dizer “é culpa do PT”.
Francisco Costa
Rio, 23/11/2016.

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